Este documento tem como objetivo sintetizar de forma analítica a situação ambiental a qual passamos aqui no município de Santarém e região.
A Associação Comercial e Empresarial de Santarém, (ACES), entidade fundada em 1945, sem fins lucrativos e de utilidade pública (Lei Municipal 19.458/2014, de 07 de março de 2014) declara que de acordo com o “Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico- Nmh Gerência de Monitoramento de Tempo, Clima e Eventos Extremos Hidrometeorológicos – GETEM da SEMAS/PARÁ” ( elaborado em 25/11/2024, o qual discorre sobre a situação atual de queimadas e incêndios no período de 22 a 24 de novembro de 2024) foram identificados 923 focos de queimadas sobre o Estado do Pará, através do AQUA_M-T (Satélite de Referência). Por meio da espacialização dos dados, foi possível observar que ocorreram 319 focos de queimadas em cobertura antrópica, 598 focos registrados sobre cobertura natural e 6 focos em áreas não definidas. Foram listados os 20 municípios que tiveram os maiores registros de ocorrências de queimadas, de um total com 91 municípios, durante os dias avaliados, e com as maiores concentrações registradas em: Prainha (65 focos), Porto de Moz (62 focos) e Portel (61focos), Santarém aparece no 13° lugar (Tabela aqui).
Diante disso, a Aces alerta toda a população e enfatiza as consequências e as soluções cabíveis para esta situação que englobam causas econômicas, sociais e ambientais.
Estamos em pleno período de seca na região amazônica, a baixa precipitação contribui para o aumento de focos de calor, os quais muitas vezes desencadeiam princípios de incêndios, que são propagados pela grande estiagem. Aliado a isto, as práticas de limpeza de áreas através do fogo e outras formas até mesmo criminosas podem ter evolução principalmente neste último trimestre. O fogo ainda é uma prática tradicional para manejo de terras, que poderá se tornar problemática em larga escala nos próximos anos.
As consequências já estamos enfrentando, dentre elas, a fumaça das queimadas que pode causar problemas respiratórios e outras doenças, a perda da biodiversidade, o desmatamento e principalmente a liberação de grandes quantidades de CO2 contribui para o aquecimento global, exacerbando as mudanças climáticas.
Como cidadãos engajados e preocupados não só com o desenvolvimento econômico, também pautamos nossos princípios no bem estar da população e em especial aos idosos e convalescentes.
Como medidas para mitigar os efeitos e prevenir as eventuais estiagens propomos ações educativas e incentivos as práticas sustentáveis, como o uso de técnicas agroecológicas que minimizem a necessidade de queimadas. Sabemos que a educação e conscientização poderão auxiliar o poder público, e assim contribuir para a melhoria da população.
Alexandre Chaves
Presidente da Aces