
Centro Comercial
Neste fim de semana, as águas do rio Tapajós avançaram ainda mais sobre a área comercial de Santarém. Hoje (19), o nível do rio Tapajós está em 8.10 metros, segundo a medição a medição da Capitania fluvial dos Portos. Algumas lojas estão submersas, as mercadorias foram levantadas, empresários constroem muretas para evitar a entrada de água nos estabelecimentos e novos trechos foram interditados. Diante deste cenário, os comerciantes temem prejuízos sem precedentes, superando os ônus de 2009, quando ocorreu a maior cheia dos últimos 10 anos.
Para tentar minimizar as perdas econômicas, pontes foram construídas e mais uma bomba foi instalada na orla da cidade para escoar água acumulada no centro comercial. Porém, os impactos já podem ser sentidos, algumas lojas foram totalmente invadidas pela água e assoalhos tiveram que ser construídos, água parada, odor oriundos das canaletas, acumula o limo, além de entulhos com o restante da madeira das pontes de acesso e lixo despejado por clientes.
O estudo encomendado pelo Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas), Associação Comercial e Empresarial (Aces) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e realizado pelo Centro Avançado de Estudos Amazônicos (Ceama) aponta um prejuízo econômico no valor de R$308,7 milhões na economia da cidade, o que representa 9,59% sobre o valor do Produto Interno Bruto Municipal (R$3,219 bilhões) e 48,48% sobre o valor do Orçamento Municipal de 2014 (636,7 milhões), de acordo com a pesquisa. As perdas são relacionadas a perdas de postos de trabalho, perdas de estoques de mercadorias das empresas, redução de clientes e fluxo de caixa, além de risco de contaminação por doenças de veiculação hídrica, contaminação de estações de tratamento de água, etc.