Na quinta-feira (31/08) Santarém viveu um dia histórico para economia da região oeste do Pará, pois uma luta de décadas e liderada pelo associativismo empresarial ganha uma nova fase. A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), Prefeitura de Santarém e parceiros entregarão ao Governo do Estado um documento indicando quatro áreas, que abrigarão as instalações do Distrito Industrial.
Após inúmeras inviabilidades de regularização fundiária em outras terras, desde 2021 a Aces com apoio de entidades empresariais e a gestão municipal intermediam o processo documental de quatro áreas localizadas entre as rodovias BR 163 e Curuá-Una, que a partir de agora serão geridas à Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) para que se inicie o processo de desapropriação e instalação da zona industrial.
“Hoje escrevemos nosso nome na história. O Distrito Industrial vai possibilitar a verticalização da nossa matéria-prima, a exportação dos nossos produtos, correspondendo a nossa demanda, gerando emprego e renda”, afirmou o presidente da Aces, Alexandre Chaves.
O presidente da Assembleia Geral da Aces, Roberto Branco, que articulou com os titulares das áreas, apresentou ao público a proposta da entidade para o aproveitamento dos 174 hectares, bem como a necessidade de construir o eixo logístico visando garantir o tráfego para áreas portuárias 01 e 02.
O documento das áreas foi entregue ao secretário da Codec, Antônio Pádua, em que disse que repassará a demanda a Procuradoria Geral do Estado, que seguirá com o processo de desapropriação, baseado no princípio do interesse público. Segundo o secretário, a etapa de desapropriação e legalização da área levará em torno de um ano e meio e após isso iniciará a etapa de obras estruturantes.
“Nós vamos fazer um esforço tremendo para cumprir esse prazo. Queremos que nosso governador venha fazer o lançamento da pedra fundamental. E como disseram é um momento histórico, de fato, temos que celebrar porque houve muito esforço, muito empenho. Que eu parabenizo a equipe da Aces, desde a gestão do Roberto e do Alexandre, com o envolvimento da prefeitura, foi um trabalho de parceria mesmo para que se chegasse neste momento”, discursou o secretário.
O complexo industrial terá 163 lotes industriais para agroindústria, a bioindústria, minerais não metálicos, a construção civil, a indústria cerâmica, esta que há anos nutre a expectativa de um local apropriado para o setor, e demais segmentos. Com 6,5016 km de vias contendo pistas asfaltadas, sistema de drenagem, calçadas, ciclovias, faixas de pedestres, canteiros, paisagismo e rede de distribuição de energia elétrica em alta e baixa tensão.