A Associação Comercial e Empresarial de Santarém sediou a etapa oeste do Pará do Workshop Regiões, promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Pará – Faciapa, com o objetivo de ouvir lideranças empresariais sobre as demandas para o desenvolvimento regional, evidenciando infraestrutura, geração de emprego, turismo e incentivo aos investimentos econômicos.
A empresária, Jeany dos Santos, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Óbidos – Aceo, apresentou a necessidade de incentivo ao empresariado local, do ponto de vista, segurança jurídica e tributária. Colocou que a ausência do Posto da Secretaria da Fazenda – Sefa tem prejudicado o investidor que se esforça para trabalhar na legalidade, o que abre precedente para concorrência desleal com aqueles que optam pela ilegalidade. A mesma situação foi apresentada pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Oriximiná, Junior Canto, informando que atualmente o posto a secretaria se mantém fechado. Ainda apresentou a situação do Terminal Hidroviário, que não tem estrutura para receber as embarcações da região, em sua maior parte ferry boat, passando por três gestões de governo e sem devida adequações, bem como priorizar o asfaltamento da PA 254. Para o empresário, a região necessita de mais uma unidade hospitalar com abrangência regional, pois o Hospital Municipal de Santarém, que atende os municípios vizinhos não suporta a demanda. “Eu já presenciei atendimento desumano no hospital por falta de estrutura, por isso é preciso um segundo hospital nesse mesmo porte para atender a população”, justificou Canto.
Representando a classe empresarial de Juruti, o empreendedor Breno Coelho, falou sobre os entraves na regularização fundiária, que dentre outras situações dificulta o investidor financiar novos negócios, travando a geração de emprego, desenvolvimento econômico e atrasando o município.
A verticalização de insumos da região, a exemplo do coco, foi pauta da reunião apresentada pela empresária Conceição Vasconcelos, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), apontada como alternativa para geração de empregos, já que a luta para manter as empresas no mercado acarretam em redução do número de contratados. O presidente da Aces, Roberto Branco, falou sobre a regularização fundiária, no que tange a implantação do Distrito Industrial, que até o momento não se concretizou por entraves nos títulos de posses, sendo este um problema enorme para o município, tanto em área rural quanto urbana. Outro agravante são licenças ambientais que dependem da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, ou seja, todas os processos dependem da capital.
O turismo no polo Tapajós é outro setor que deve constar na Agenda Estratégica da Faciapa, tendo em vista o crescimento de eventos e mídias espontâneas que esta região tem gerado.
“Nosso objetivo é conhecer os gargalos da região a partir do diálogo com a classe empresarial. Elaboraremos um documento com demandas coletivas que será apresentado ao governo do estado do Pará ou até mesmo nos propomos ir a Brasília apresentar aos parlamentares”, afirmou o presidente da Faciapa, Fábio Lúcio.