Em reunião com empresários na sede da Aces no último dia 22, o diretor presidente da Celpa Equatorial, Raimundo Nonato de Castro falou sobre as constantes interrupções no serviço em Santarém, explicou a atual situação da empresa e os investimentos previstos para melhorar o serviço.
Segundo Nonato, o horário de ponta no Tramoeste é de 14h às 16h ou 17h. Dessa forma, por volta de 14h a carga aumenta e devido a isso a tensão afunda. “Como Santarém tem a maior carga, ela sai, mas as outras cidades do Tramoeste também, o que denota que não é só a Celpa”, disse Nonato explicando as interrupções.
Na próxima reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, marcada para esta semana, a Celpa vai exigir que automatizem os equipamentos na região do Tramoeste. Além da Celpa, participarão da reunião representantes do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica e Eletronorte.
O presidente também falou dos investimentos para a região Oeste do Pará que somam R$172 milhões para a expansão do sistema. Para a subestaçã Santarém serão colocados dois transformadores que terão regulação automática de voltagem, o que aumentará a oferta de energia e a tensão.
Os empresários relataram os constantes problemas em decorrência das oscilações, além do descaso da Rede Celpa em algumas solicitações. O médico e empresário Bruno Moura afirmou que há treze meses tenta com que a concessionária faça a ligação elétrica de sua nova clínica. Mencionou também o impacto que as quedas de energia ocasionam na saúde, com a queima de aparelhos para realização de exames.
Raimundo disse que o Grupo Equatorial, novo controlador da Rede Celpa, fará o possível para resolver os problemas e reestruturar a empresa. “Sabemos que muito tem que ser mudado e vocês têm toda razão, é como se quisessem comprar energia e eu que posso, não quisesse vender. Temos consciência de onde queremos chegar e por isso estamos buscando o apoio em todos os setores”, disse.
Para finalizar, o presidente da Celpa Equatorial expôs o plano de reestruturação da empresa. Redução de custos, redesenho de processos e da estrutura organizacional, com o intuito de torná-la mais eficiente e ágil são algumas das metas do novo modelo de gestão.