O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, apresentou, nesta quarta-feira (30), ao lado dos ministros Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, Tereza Cristina, da Agricultura, e general Fernando Azevedo, da Defesa, a Operação Radar, uma estratégia integrada para escoamento da safra 2018/2019. O foco da ação está na BR-163/PA, principal rota de escoamento da safra de grãos no Brasil.
A operação, que teve início no dia 2 de dezembro de 2018 e segue até maio de 2019, traz uma série de medidas, como a instalação de bases operacionais em três trechos da BR (pontos críticos), localizados entre os municípios de Novo Progresso e Moraes Almeida; mobilização de mais de 900 pessoas de equipes do DNIT e do Exército; implantação de sinalização específica para controle do tráfego, e envio de mais de 40 veículos e equipamentos especiais, como picapes, retroescavadeiras, containers, caminhões carroceria, caminhões tanque, tratores agrícolas, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas e cavalos mecânicos com reboque.
“Organizamos esta grande operação para evitar a formação de filas e permitir que o escoamento chegue tranquilamente aos portos do Arco Norte, que vem crescendo cada vez mais. Esse trabalho coordenado é para fazer com que o Estado cumpra o seu papel de ajudar quem está produzindo, quem está gerando emprego e, no final das contas, que isso conduza ao crescimento econômico, à equidade social, que é o que todos almejam”, explicou o ministro Tarcísio Freitas.
Também participaram da apresentação da estratégia o general-de-Divisão Júlio Cesar Arruda, vice-chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, Adriano Marcos Furtado, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e general Santos Filho, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Essa força-tarefa foi criada em 2017 para garantir o tráfego de commodities, como a soja, que saem do Mato Grosso rumo aos portos do Arco Norte pela BR-163 no estado do Pará. Dos 707,4 quilômetros da BR-163/PA, faltam 51 quilômetros a serem asfaltados, divididos em dois lotes: 3 quilômetros, na Vila do Caracol, sob a responsabilidade da Construtora Agrienge, e 48 quilômetros em Moraes de Almeida, sob responsabilidade do Exército.
As equipes de inspeção percorrem os trechos para avaliar a trafegabilidade e a necessidade de serviços de manutenção preventiva na pista. Em casos de emergência, a equipe comunica os agentes de trânsito locais, que fazem a interdição da rodovia, iniciando, se necessário, a operação Pare e Siga. Por este sistema, utiliza-se apenas um dos lados da pista, alternando os sentidos do tráfego para dar vazão a todos os veículos. Em casos de emergência, também são disponibilizadas equipes de assistência de saúde, distribuição de kits de alimentos e água aos caminhoneiros.
O monitoramento resulta na produção de dois boletins diários atualizados conforme as condições de trafegabilidade da rodovia. Os relatórios são disponibilizados no endereço eletrônico www.br163pa.com. Além disso, o DNIT também tem uma parceria com o aplicativo Waze pra facilitar a atualização das informações para o público.
Uma das principais metas do ministro Tarcísio Freitas, a conclusão total da pavimentação do trecho entre a divisa do estado do Mato Grosso até Santarém, Pará, está estimada em R$ 2,55 bilhões.
Também participaram da apresentação representantes das associações produtoras de grãos: Associação Mato-grossense do Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
SAFRA – Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada para a safra 2018/19 é de 237,3 milhões de toneladas, crescimento de 4,2% em relação à safra passada. Esse resultado representa, até o momento atual, a possibilidade de aumento na produção brasileira de 9,54 milhões de toneladas. Até então, o recorde é da safra 2016/17, que fechou em 237,6 milhões. Entre os destaques do estudo da Conab, estão a soja, que deve atingir 118,8 milhões de toneladas, e o milho primeira safra, que deve resultar em uma produção de 27,5 milhões de toneladas.
Reprodução: Ministério da Infraestrutura