Até o final de 2018, a BR-163/PA, principal via de escoamento de milho e soja do Centro-Oeste rumo aos portos do Arco Norte, estará pavimentada até Miritituba, onde estão localizados os principais terminais portuários utilizados no escoamento dessa produção. Dos 730 km da divisa de Mato Grosso com o Pará até Miritituba, restavam pavimentar 100 km, distribuídos em dois trechos. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação (MT), Maurício Quintella, assina nesta quinta-feira, 17/8, termo de transferência de R$ 128,5 milhões para o Exército pavimentar, de setembro próximo até o final de 2018, os 65 km entre Novo Progresso e Igarapé do Lauro. Outros 35 km entre Vila Planalto e o Entroncamento BR-230 estão em obras. Dos 955 km da rodovia, só vão faltar asfaltar 80 km acima de Miritituba, obras que também estão em andamento e previstos para ficarem prontos depois de 2018.
“Nosso objetivo é garantir o escoamento da safra de 2017/2018 aconteça sem problemas. Faremos todo o esforço para concluir a pavimentação até Miritituba, porque investir na solução dos obstáculos que amarram a economia brasileira e o funcionamento do país significa aumentar a competitividade dos produtos no mercado global”, afirmou o ministro Quintella, acrescentando que, finalmente, o país resolverá um problema que se arrasta pelas últimas décadas, quando a agricultura ampliou sua fronteira em direção ao Norte e a infraestrutura de transportes não acompanhou essa expansão.
“O Corredor Norte é uma realidade, não tem volta”, afirma o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz, fazendo contas: “Para o próximo ano (safra 2017/2018), esperamos um aumento na produção voltada para a exportação e, se tudo der certo, esse crescimento deve ser de 3 milhões de toneladas de soja e milho ao ano”. Do volume total de soja, derivados e milho exportado, 13% foi transportado via Corredor Norte.