Nesta terça-feira (21), os diretores da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) em encontro com o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho e o Ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, apresentaram a insatisfação com a falta de tráfego na BR 163 neste primeiro trimestre de 2017e a insuficiência do Linhão Tramoeste. Foi pedido celeridade no processo de conclusão das obras e concessão da BR-163, especialmente o trecho da rodovia que vai do distrito de Miritituba, Itaituba (PA), até o porto de Santarém, que até então não consta no plano de concessão proposto pelo Governo Federal. Além de cobrar um posicionamento definitivo sobre o início da nova ponta do linhão.
Nas últimas semanas, a ACES acompanhou o caos que se encontra a BR 163, no trecho Pará, com à falta de trafegabilidade devido o período chuvoso. Quilômetros de congestionamentos de carros, carretas e outros transportes retratam as perdas econômicas para a economia local e nacional, uma vez que a rodovia é rota de escoamento de produtos para outras regiões do país.
A ACES tem acompanhado os prazos do edital dado para as empresas SETEPLAN/SENER e ECOPLAN/SKILL elaborarem o estudo técnico e de viabilidade para a concessão da BR-163, trecho Distrito de Campo Belo, em Itaituba (PA) até Santarém (PA). A entidade reforçou a celeridade para publicação final destes estudos, uma vez que o mesmo estudo já foi realizado para o trecho Sinop-Miritituba. “Temos a sensação que nossa cidade (Santarém) está ficando de fora desses investimentos projetados para a rodovia. O ministro Helder também reconhece que nosso trecho não pode ficar de fora, devido à diferença de custos que isso gerará”, declarou o presidente da ACES Roberto Branco. Nos próximos meses será agendada uma reunião em Brasília para tratar sobre o assunto.
A implantação do Novo Linhão prometido para o ano de 2016 até o momento não se tornou real, o que só intensifica a interrupção do serviço, acarretando inúmeros prejuízos com a queima de equipamentos e a impossibilidade de abrigar novos investimentos que demandam uma energia de qualidade. A empresa ISOLUX após arrematar o Lote D do Leilão Nº 001/2015, em agosto de 2015, referente às obras estruturais do TRAMOESTE, anunciou recuperação extrajudicial em janeiro de 2016. Em conversa com o ministro Fernando Filho foi relatado sobre as falhas do Tramoeste e ele reconheceu os entraves apontados pela empresa Isolux, por isso não houve o prosseguimento para construção da nova ponta do Linhão. “O ministro conhece a situação, ele mesmo relatou que algumas obras da Isolux já foram repassadas para outras empresas. E disse que só daqui do Pará que paralisou. Por isso vamos a Brasília pressionar para reverter essa situação”, afirmou Branco.
No mês de março, uma comitiva formada pela Prefeitura Municipal, Câmara Municipal e entidades civis irá á Brasília tratar sobre o assunto.